Seguidores

terça-feira, 5 de julho de 2011

POR QUE APLICAR JÁ 10% DO PIB NACIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA?

terça-feira, 5 de julho de 2011

POR QUE APLICAR JÁ 10% DO PIB NACIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA?

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.

No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população - alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior - estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.

Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em ... 2020!!!

O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.

Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.

Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.


Junho de 2011.

ANEL/ Maringá

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Exercícios sobre Coesão e Coerência Textual

1- Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo.

O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangência _________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudança existiu como algo inerente ao sistema social.

(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)

a) Não obstante – com que
b) Portanto – de que
c) De maneira que – a que
d) Porquanto – ao que
e) Quando – de que

2- Marque a seqüência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente.

A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados.

(Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)

a) em que – posto que
b) onde – em que
c) cuja – já que
d) na qual – todavia
e) já que - porque

3. Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão.

Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido.

(José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).

a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independência em relação a esse pensamento religioso predominante.

b) Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a ética, pois vários pensadores partem de conceitos diferentes.

c) Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções.

d) A ciência também produz a ignorância na medida em que as especializações caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas soluções.

e) Paradoxalmente, cada avanço dos conhecimentos científicos, unidirecionais produz mais desorientação e perplexidade na esfera das ações a implementar, para as quais se pressupõe acerto e segurança.

4- Assinale a opção que não constitui uma articulação coesa e coerente para as duas partes do texto.

O capital humano é a grande âncora do desenvolvimento na Sociedade de Serviços, alimentada pelo conhecimento, pela informação e pela comunicação, que se configuram como peças-chave na economia e na sociedade do século XXI. _____________,no mundo pós-moderno, um país ou uma comunidade equivale à sua densidade e potencial educacional, cultural e científico-tecnológico, capazes de gerar serviços, informações, conhecimentos e bens tangíveis e intangíveis, que criem as condições necessárias para inovar, criar, inventar.
(Aspásia Camargo, “Um novo paradigma de desenvolvimento”)

a) Diante dessas considerações,
b) É necessário considerar a idéia oposta de que,
c) Partindo-se dessas premissas,
d) Tendo como pressupostos essas afirmações,
e) Aceitando-se essa premissa, é preciso considerar que,

5- Assinale a opção que não representa uma continuação coesa e coerente para o trecho abaixo.

É preciso garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, além de investimentos em equipamentos, é o professor. É preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem preparado e dedicado, ou seja, investir na cabeça, no coração e no bolso do professor.

a) Qualquer esforço dessa natureza já tem sido feito há muitos anos e comprovou que os resultados são irrelevantes, pois não há uma importação de tecnologia educacional.

b) Tal investimento não custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus.

c) Esse esforço financeiro custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educação.

d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econômica.

e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condição preliminar: uma grande coalizão nacional, entre partidos, lideranças, Estados, Municípios e União, todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenário da Independência, sem a vergonha do analfabetismo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, O Estado de S.Paulo, 09/7/2003)

COERÊNCIA TEXTUAL

Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.


Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.


Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto.

COESÃO TEXTUAL

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico."

--M. Halliday

A metáfora acima representa de forma bastante eficaz o sentido de coesão, assim como as partes que compõem a estrutura de um edifício devem estar bem conectadas, bem “amarradas”, as várias partes de uma frase devem se apresentar bem “amarradas”, para que o texto cumpra sua função primordial ? veículo de articulação entre o autor e seu leitor.

A coesão é essa “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.

A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos e formas elididas. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.




1. Coesão referencial
Alcançamos a coesão referencial utilizando expressões que retomam ou antecipam nossas ideias:


onde: indica a noção de "lugar" e pode substituir outras palavras.
São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge níveis muito altos. [No caso, "onde" retoma a palavra "cidade".]


cujo: pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos.
Raul Pompeia é um escritor cujas obras lemos com prazer.


que: pode substituir (e evitar a repetição de) palavras ou de uma oração inteira.
Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, o que permitiu aos portugueses ampliarem seu império marítimo.


esse(a), isso: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que já foi mencionada no texto.
O presidente de uma ONG tem inúmeras funções a cumprir. Essas responsabilidades, no entanto, podem ser divididas com outros membros da diretoria.


este(a), isto: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que será mencionada no texto.
O que me fascina em Machado de Assis é isto: sua ironia.

2. Coesão lexical
Permite evitar a repetição de palavras e, também, unir partes de um texto. Pode ser alcançada utilizando-se:


sinônimos: palavras semelhantes que podem ser usadas em diferentes contextos, mas sem alterar o que o texto pretende transmitir.
O presidente do Palmeiras, Silvano Eustáquio, afirmou que o time tem todas as condições para ganhar o campeonato. Segundo o dirigente, com Miudinho na zaga, o gol palmeirense será impenetrável. Na opinião do cartola, a torcida só terá motivos de alegria.


hiperônimos: vocábulo de sentido mais genérico em relação a outro.
Lucinha estava na poltrona do cinema, esperando o filme começar, quando, de repente, no assento ao lado, uma idosa desmaiou.


perífrases: construção mais complexa para caracterizar uma expressão mais simples.
A vigilância policial nos estádios de futebol é sempre necessária, pois as torcidas às vezes agem com violência. Na verdade, não é mais possível a realização de qualquer campeonato sem a presença de elementos treinados para garantir não só a ordem, mas também proteger a segurança dos cidadãos que desejam acompanhar o jogo em tranquilidade.

3. Coesão sequencial
Trata-se de estabelecer relações lógicas entre as ideias do texto. Para tanto, utilizamos os chamados conectivos (principalmente preposições e conjunções). Veja os principais:


Consequência (ou conclusão): por isso, logo, portanto, pois, de modo que, assim, então, por conseguinte, em vista disso.
Ela é muito competente, por isso conseguiu a vaga.


Causa: porque, pois, visto que, já que, dado que, como, uma vez que, porquanto, por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, por motivo de, por razões de.
Ela conseguiu a vaga, já que é muito competente.


Oposição: entretanto, mas, porém, no entanto, todavia, contudo.
Paulo tinha tudo para ganhar a corrida, no entanto, no dia da prova, sofreu um acidente de carro.


Condição: se, caso, desde que, contanto que.
Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo o dever.


Finalidade: para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de.
Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, Sílvia estudava oito horas todos os dias.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Links de notícias sobre Usinas Nucleares e assuntos relacionados

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/entenda+como+funciona+uma+usina+nuclear/n1238161873387.html http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/reparacao+da+usina+de+fukushima+avanca+mas+radiacao+chega+ao+mar+no+japao/n1238184870311.html